Outros Berimbais

Berimbau Blues Dinho Nascimento no PercPan 2007

Berimbau africano

NANÁ VASCONCELOS

Berimbau Trance

Comments (3) »

Ramiro Musotto e a Orquestra Sinfônica de Berimbau

Trecho de entrevista disponível em: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=550619

O uso de timbres dos berimbaus, em várias afinações,  é uma das marcas do seu trabalho. Você chegou a essa linguagem com Naná Vasconcelos, com os malandros do Pelourinho… O berimbau representa bem o teu processo de pesquisa e de interação com Salvador?  Como você chegou a uma  faixa como “Ronda”, que abre seu novo CD?

Ramiro Musotto Primeiro comecei escutando Naná. Depois estudando em São Paulo, com Zé Eduardo Nazário, que me mostrou que a gente podia escrever tudo, inclusive o berimbau, nota por nota. Depois, quando cheguei ao Pelourinho, a ficha caiu. Sempre tive o berimbau como meu instrumento. Já em 1984, dava aulas pra dois alemães no Pelourinho! Em 1985, eu volto definitivamente a Salvador, depois de um período de um ano na Argentina, e fui convidado pra dar aulas de berimbau na UFBA, durante dois meses, no qual abordei a escrita e a eruditização do berimbau através dos toques tradicionais. Eu tinha 21 anos! Acho que eu  era muito ousado, né? Depois disso, sempre tentei meter o berimbau nos trabalhos que fazia. Até que no segundo álbum da Margareth, na faixa “Hino das Águas”, do Buziga, eu faço um arranjo só de berimbaus afinados. Ai minha cabeça começou a entender essa coisa do berimbau como instrumento harmônico, mesmo que dessa primeira vez trabalhasse ó com oitavas, três berimbaus em La, em três oitavas diferentes, três tamanhos diferentes. O maior era de quase dois metros e meio! (risos). Depois, quando fizemos a turnê européia com Margareth, (isso foi em 1989/90 , foi a primeira banda da Bahia a fazer turnê no exterior), levamos o tal berimbau numa caixa gigantesca, que depois voltou cheia de vinhos e salames, a Margareth se lembra bem disso , com certeza !!! (risos). Já no próximo disco dela, na faixa do Caetano, esqueci o nome agora, creio que “Voltar a Bahia”, fiz um arranjo mais ousado, com terças e quintas do acorde, estava estudando harmonia, sonhava em harmonizar musicas com berimbaus. [NR: na verdade, o disco era “Luz Dourada”, de 93, o segundo após aquele “Um canto pra subir”, de 89, e a música de Caetano chama-se “Chegar a Bahia”]. Agora sonho mais longe, quero fazer músicas com harmonias e melodias, só com berimbaus, sem outros elementos. Acho um caminho de evolução do berimbau muito legal: utilizar vários berimbaus e harmonizá-los. Esta é a idéia de “Ronda”, que é uma musica que faz parte da obra para Orquestra de Berimbaus que escrevi pra ser tocada na França, no ano retrasado.

Estes comentários me lembraram da Fábrica de Berimbau.

* http://ideias2.wordpress.com/2008/06/02/fabrica-de-berimbau/
* http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=550619

Leave a comment »

A vingança do berimbau

E-mail recebido de Lívia.

Miguel Lucena, poeta e arretado, paraibano morando em Brasília, mas com o coração agarrado na Bahia, não deixou por menos a ofensa imunda do coordenador do curso de Medicina da UFBA a todos os baianos. Leia o cordel abaixo:

I
Superado pelo tempo,
Ensinando muito mal,
Fabricando mil diplomas
Para entupir hospital,
O doutor da faculdade
Botou, com toda maldade,
A culpa no berimbau.

II
Disse o doutor Natalino
Que o baiano é um mocó,
Sem coragem e inteligência,
Preguiçoso de dar dó,
Só liga pra carnaval
E só toca berimbau
Porque tem uma corda só.

III
O sujeito ignorante
Não conhece o berimbau,
Que atravessou o mundo
Com toda a força ancestral.
Na fronteira da emoção,
Traz da África a percussão
Da diáspora cultural.

IV
Nem Baden Powel resistiu
À percussão milenar,
Uma corda a encantar seis
Na tristeza camará
De Salvador da Bahia.
Quem toca e canta poesia
Na dança sabe lutar.

V
O doutor, se estudou,
Na certa não aprendeu nada:
Diz que o som do Olodum
Não passa de uma zoada
E a cultura baiana
É uma penca de bananas,
Primitiva e atrasada.

VI
Jimmy Cliff, Michael Jackson,
Paul Simon e o escambau
Se renderam ao Olodum
Com seu toque genial,
Que nasceu no Pelourinho
E hoje abre caminho
No cenário mundial.

VII
O baiano é primitivo?
Veja só o resultado:
Ruy foi o Águia de Haia;
Castro Alves, verso-alado
De poeta condoreiro,
E gente do mundo inteiro
Se curvou a Jorge Amado.

VIII
Bethanea, Caetano e Gil,
Armandinho, Dodô e Osmar,
Gal Costa, Morais Moreira,
Batatinha a encantar
Caimmy, João, Bossa Nova,
Novos Baianos são prova
Da grandeza do lugar.

IX
Glauber, no Cinema Novo;
Gregório, velha poesia;
Gordurinha, no rojão;
Milton, na Geografia;
Anísio, na Educação;
Dias Gomes, na encenação;
João Ubaldo e Adonias.

X
Menestrel da cantoria
Temos o mestre Elomar,
Xangai, Wilson Aragão,
Bule-Bule a improvisar,
Roberto Mendes viola
A chula – samba de Angola,
Nosso samba de além-mar.

XI
Se eu fosse citar todos
Que merecem citação,
Faria um livro de nomes
Tão grande é a relação.
Desculpe, Afrânio Peixoto,
Esse doutor é um roto
Procurando promoção!

XII
Com vergonha do que fez:
Insultar toda a Nação,
O tal doutor Natalino
Pediu exoneração
E não encontra ninguém,
Nem um nazista do além,
Para tomar a lição.

XIII
O baiano é pirracento,
Mas paga com bem o mal:
Dá uma chance a Natalino
Lá no Mercado Central
De ganhar alguns trocados
Segurando o pau dobrado
Da corda do berimbau.

Leave a comment »

Barimbero

Vem sou berimbau
Na roda de capoeira toco bem timbal
Eu sou Agogo
E toco samba Chachado junto com Gogo
Eu venho de Havana e chamo Conga
Dijembe medi china que vem de Calcuta
O som do eco eco lhe fascina
Pois eu sou sua maraca que faz voce dancar

Eu vim aqui pra ver o som do chaucharau
Molu babalu ae minha mae Iemanjá

Pode ouvir por aqui também:
http://www.imeem.com/mor3nitah/music/27r71e1P/jerry_ropero_michael_simon_barimbero_club_mix/

Leave a comment »

Berimbau!!!!

Urucungo, Urucurgo, Orucungo, Oricungo, Uricungo, Rucungo, Ricungo, Berimbau de Barriga, Gobo, Marimbau, Bucumbumba, Bucumbunga, Gunga, Macungo, Matungo, Mutungo, Aricongo, Arco Musical e Rucumbo (nomes do berimbau).

O berimbau é constituido de um arco feito de uma vara de madeira de comprimento aproximado de 1,20m e um fio de aço (arame) preso nas extremidades da vara. Em uma das extremidades do arco é fixada uma cabaça que funciona com caixa de ressonância. O tocador de berimbau ultiliza uma pedra ou moeda (dobrão), a vareta e o caxixi para produzir os sons do berimbau.
Arame(Aço), caxixi, vaqueta e dobrão

Biriba é pau de fazer Berimbau

Nome vulgar: Imbiriba, Embiriba ou Biriba

Nome científico: Eschweira ovata

Habitat: interior da mata, restinga, borda da mata atlântica, solo arenoso argiloso. Pernambuco PE, Rio Grande do norte RN, Bahia BA, Sergipe SE, Ceará CE

Sementes: são grandes e irregulares

Biriba

Árvore: De porte linheiro, parte masculina amarelo vivo, produz ripas, varas para cercados, para galinheiros

Caule, tronco: de cor cinza esverdeado, verde amarronzado, creme amarronzado, fibrosa com tendência a formar “imbira” Designação de origem tupi (corrutela de ybira. casca)

Folhas: Crassas(duras), Cariáceas discolores, estreitas, com ocorrências frequentes

Frutos: Imaturo – de cor verde maduros – de cor marron, em cápsulas

Flores: branca vistosa, com cheiro perfumado, em botões amarelo pálido, aromática, amarelo ouro com grande destaque, amarelo creme perfumado

Aspectos morfológicos: É uma arvore das matas de restinga e também da mata atlântica, com cerca de 1 a mais de 10 metros de altura, folhas alternas, oblongas, de consistência coreácias e sem estípulas. Sua floração é no verão e sua flores saõ amarelas vistosas e reunidas em enflorescências. Possui numerosos estames, muito modificados formando uma estrutura denominado de andróforo. seus frutos são secos e deiscentes, abrindo-se por meio de um opérculo.

Divisão: Magnóliophyta
Classe: Magnóliopsida
Subclasse: Dilleniidae
Ordem: Lecythidales
Familia: Lecythdácea
Gênero: Eschweilera
Espécie:Eschweilera ovata (cambess)

Berimbau

Capoeira prá estrangeiro, meu irmão
É mato
Capoeira brasileira, meu compadre
É de matar
Capoeira prá estrangeiro, que que é?
É mato
Capoeira brasileira, meu compadre
É de matar
Berimbau tá tocando é a roda formando
vá se benzendo para entrar
o toque é de Angola
São Bento pequeno, Cavalaria, Iúna
a mandinga do jogo, o molejo da esquiva, é prá não cochilar
Capoeira é ligeira, ela é brasileira, ela é de matar Capoeira prá estrangeiro, meu irmão
É mato

Partituras

fontes:

http://www.portalcapoeira.com/wiki/index.php?title=Berimbau
http://www.drumsontheweb.com/DOTWpages/Drumkeypages/lessonspages/FCberimbau.html

Oldie but goodie


http://ube-164.pop.com.br/repositorio/31451/meusite/capmaculele.htm
http://www.console.com.br/terrafirme/ritmos.htm

Comments (5) »

Carlinhos Brown!!!!!!!!

Carlinhos Brown Peace and Love Power!!!

Comments (1) »

capoeirasalvador

Leave a comment »

Capoº°ºoeira

Coisa ótima na Bahia…

Produto importado. Importado na raiz, o fruto é bem baiano… É um pedaço de , aqui.

Existe a capoeira de angola. Que é a capoeira tradicional.. rasteira.. malina… furtiva.. lenta como a cobra antes do bote… cheia de ginga (of course que sim.. =P ginga é a base da capoeira). Mas, não se enganem.. jamais subestimem o baiano de nariz esparramado, lábios carnudos e ginga no coração.

Foi a partir da capoeira de angola que o Mestre Bimba desenvolveu a capoeira regional. Talvez, graças a ele a capoeira tenha chegado até hollywood (ou foi hollywood que descobriu a capoeira? “don’t call us, we’ll call you).

E chegou a hollywood mesmo, não é modo de falar, vejam:

Esta capoeira , reinventada pelo Mestre Bimba, é chamada de capoeira regional. E pode ser caracterizada por ter um jogo mais “vertical”, com mais saltos e golpes mais “vistosos”.

Aqui um primo da capoeira, o maculelê:

Uma comparação da capoeira de angola e a capoeira regional:

Para finalizar, algo que toda capoeira ou qualquer outra manifestação cultural baiana tem em comum.. a alegria contagiante:

Leave a comment »

tapeteazulebranco

Não, não são formigas pintadas de azul e branco.. É o tapete dos Filhos de Gandhy. Gandhy com “y” mesmo. Gandhy de Mahatma Gandhi mesmo. Por que do “y” no lugar do “i”? Ah.. Tem coisas que só se vê na Bahia nega..

Tapete azul e branco

Em 1948 os estivadores(1) eram tidos como privilegiados, dadas as condicoes economicas da epoca que lhes favorecia e ao fato de nao terem patroes. O trabalho era fiscalizado pelo proprio sindicato dos estivadores, o que lhes conferia um certo status. Data desse ano a fundacao do bloco Comendo Coentro“, composto de um caminhao em que se instalou varios instrumentos musicais, seguido dos estivadores, trajados finamente com o que de mais elegante existia: roupas de linho importado, chapeus “Panama” e sapatos “Scamatchia”. A festa era regada a muita comida e bebida e os estivadores chegavam a alugar barracas para a farra carnavalesca.
Em 1949 com a politica de arrocho salarial, numa verdadeira economia de pos-guerra, o Governo Federal interviu nos sindicatos, inclusive no sindicato dos estivadores, o que fez decair a renda dos sindicalizados. O “Comendo Coentro” nao pode sair as ruas devido a crise financeira que se abateu sobre os estivadores e porque eles nao queriam desfilar em condicoes inferiores as do ano anterior. Surgiu, entao, a ideia de levar um “cordao”, ou bloco de carnaval, idealizado por Durval Marques da Silva, o Vava Madeira, com o apoio dos demais estivadores arrecadaram dinheiro e foram as compras, adquirindo lencois para serem utilizados na confeccao dos trajes, barris de mate e couro, com os quais construiram os tambores utilizados no acompanhamento do cortejo. O nome do bloco foi sugerido por “Vava Madeira”, inspirado na vida do lider pacifista Mohandas Karamchand Gandhi, trocando-se, entretanto, a letra “i” por “y”, com a intencao de evitar possiveis represalias pelo uso do nome de uma importante figura do cenario mundial. Batizou-se entao o bloco com o nome “Filhos de Gandhy”.

Retirado da página oficial dos Filhos de Gandhy: http://www.filhosdegandhy.com.br

Pai, me ajuda…

es.ti.va.dor
adj (estivar1+dor2) Que estiva. sm 1 Operário que trabalha nas capatazias dos portos no serviço de carga e descarga de navios, quer transportando mercadorias do armazém ao navio, ou vice-versa, quer arrumando-as no necessário empilhamento. 2 Negociante de gêneros alimentícios.

De brinde, uma foto de um pedaço de um pedacinho de um pedaçículo do carnaval da Bahia

Carnaval na Barra

Comments (1) »

Chiclete com Banana

2008

época da tubaína

Leave a comment »